A "estrela" do dia o P-3C |
Primeira unidade convertida ao padrão P-3C CUP+ (s/n 14810) |
Individualidades da Força Aérea, Governo e fabricante (Lockheed Martin) |
Panóplia de armamento do P-3C |
A visita à nova coqueluche pelo CEMFA e Cdt da Esq 601 |
Outdoor |
Indoor |
Um veterano P-3P, o último a ser retirado de serviço, em Março de 2011 (s/n 14805) |
Num processo iniciado em 2005 com a aquisição de cinco P-3C, deu-se início à substituição da frota P-3P que se aproximava já então do fim da sua vida útil e crescente obsolescência de alguns sistemas. As aeronaves adquiridas então à Marinha Holandesa (duas na versão CUP CG e três na Update II.5) viriam a ser objecto de um contrato de modernização com a Lockheed Martin, sendo as primeiras duas unidades alteradas nos Estados Unidos e as restantes três na OGMA em solo nacional.
O primeiro desses aviões foi oficialmente entregue no passado dia 6 de Outubro na BA11 - Beja, em cerimónia presidida pelo Ministro da Defesa Dr. Santos Silva, pelo CEMFA Gen Luís Araújo, entre outros representantes das Forças Armadas, indústria aeronáutica e autarquias locais.
Fazendo parte dum programa global de reequipamento da Força Aérea (FA), que inclui a modernização da frota F-16 para o padrão MLU, a aquisição dos helicópteros EH-101, aviões de transporte C-295 e modernização dos C-130, os cinco P-3C CUP+ representaram um investimento de 80 milhões de euros com a sua aquisição e adicionais 120 milhões na sua modernização.
Dada a conjuntura que o país atravessa e respondendo às perguntas sobre a pertinência deste investimento, o Ministro da Defesa justificou o programa P-3C CUP+ com a necessidade de continuar a ter uma aeronave perfeitamente capaz de vigiar a imensa Zona Económica Exclusiva nacional e poder honrar os compromissos internacionais assumidos pelo país, no âmbito da ONU, NATO e União Europeia.
A nova versão P-3C CUP+ apresenta em relação ao seu antecessor o P-3P, melhorias importantes ao nível da transmissão de dados em tempo real (sistema link 16), mais seguro e compatível com outras aeronaves e vasos de superfície, bem como novo radar (ELTA 2022 Alpha V3), novo computador, novos sensores acústicos (AN/USQ-78B) e ópticos (L-3 Wescam MX15 HDi), entre outros. Estas melhorias tornam os P-3C CUP+ uma das frotas mais avançadas do mundo e permitem desempenhar com qualidade funções de vigilância marítima no âmbito de actividades de pesca, poluição marítima, actividades ilícitas e tráfego marítimo, operações de busca e salvamento, guerra anti-superfície, guerra anti-submarina, guerra anti-minas, apoio a forças de reacção rápida, apoio a operações anfíbias, apoio a operações especiais e ataque de precisão contra alvos terrestres (novidade em relação à versão P-3P).
O P-3 é ainda a aeronave da FA com maior autonomia, podendo realizar facilmente missões de 12 horas. É simultaneamente um dos aviões operacionais propulsionado por hélices mais rápido, chegando aos 760 km/h.
A entrega da última unidade no padrão P-3C CUP+ está prevista para 2012 e a FA voará esta frota durante as próximas duas décadas
Operação Atalanta
O P-3P ao qual foi confiada a Operação Atalanta, no aeroporto de Vitoria nas Ilhas Seychelles |
Imagens colhidas em voo de aldeias onde existiam campos de treino de piratas |
Embarcações suspeitas de serem utilizadas em acções de pirataria |
A Esquadra 601 - Lobos terminou recentemente a participação na Operação Atalanta, como parte da força da União Europeia que patrulha o Oceano Índico (Golfo de Áden e Costa da Somália) em operações anti-pirataria. O Destacamento da Esq. 601 que operou a partir do Aeroporto de Vitória, na Ilha de Mahé (República das Seychelles) e da Base Aérea 188 no Djibouti, teve lugar entre 22 de Abril e 26 de Agosto do corrente. A aeronave utilizada foi ainda o último dos P-3P operacionais (s/n 14805), que deverá terminar a sua vida útil em Março de 2011. Foram cumpridas 40 missões com uma média de oito horas de duração, tendo coberto uma área total de 10 milhões de km2 , equivalente à área da Europa, em 320 horas de voo.
Já durante a década de 90 a mesma Esq 601 teve um avião destacado durante três anos em Itália, como parte da participação nacional no embargo imposto à antiga Jugoslávia, tendo sido mesmo o país com mais horas voadas nessa função, logo a seguir aos Estados Unidos.
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Texto e Fotos de Paulo Mata
Artigo publicado na revista Sirius de Nov/Dez 2010 (nº142)
Texto e Fotos de Paulo Mata
Artigo publicado na revista Sirius de Nov/Dez 2010 (nº142)
Agradecimentos: Estado Maior General das Forças Armadas e Esquadra 601 pela cedência das fotos da Operação Atalanta. Relações Públicas da Força Aérea pelas facilidades concedidas.
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